sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Luz.


"A vida é já meu amigo, a vida não te espera, como já dizia o grande Cazuza...O tempo não para, tudo muda, tudo transita, tudo evolui e se você cair, corra o mais rápido possível para se reeguer.A vida não se constitui de fraqueza e sim de perseverança, amor e fé, todos os dias, a cada brisa, a cada batida leve do vento...Vamos nos encher de luz e deixar a alegria nos contaminar."

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Lizandra Martins

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Me chama...


"Descobri que ha luzes escancaradas nas minhas janelas todas as manhãs e que a vida me chama todos os dias para viver, sentir, ajudar e conquistar meus ideais."

Por : Lizandra Martins
Fotografia por : Lizandra Martins

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Ele foi (...)



Aquela tarde, dois corpos, a flor da pele, o meu e o dele, um encontro de emoções, olhares...
Na verdade o que havia ali era um encontro marcado de almas, as nossas almas, uma perto da outra, lembro-me que nos olhávamos e cada olhar se penetrava no outro, era tudo tão profundo, confesso que algumas vezes ele me doía, ele era cheio de coração, muito deles, se é que alguém tem mais de um coração, mas por vezes achei que ele tinha. Ele deitava sobre mim, ficávamos ali minutos em silêncio, era como se eu tivesse de alguma forma protegendo ele, do mundo, das maldades, do medo... Você foi lindo, você foi só pertencentemente meu naquele momento, exclusivo e eu te pertencia também. Um pertenceu ao outro... As palavras, que palavras lindas que foram ouvidas e sentidas.
O Destino existe e há encontros profundos, inesperados, coisas... Que entram e ficam guardadas na gente, coisas boas. Algo me doeu depois de uns dias, por saber que não poderia dar o que ele queria, que ele merecia, sim, ele merecia algo que o tocasse totalmente, algo completo só para ele. Tudo que ficou foi o nosso carinho, essa necessidade de cuidar para sempre um do outro, mesmo que mares e oceanos nos separem... O que ficou foi recíproco e eterno.

Texto escrito por : Lizandra Martins

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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Se ajeitado.


Digamos que tudo tem se ajeitado dentro do meu coração, da minha alma e é bom saber disso, é bom ver que tudo tem sido tão nítido como nunca havera de acontecer antes, pois já vivi tão conturbada, com tantas dúvidas, preocupações, sentimentos perturbadores que me faziam perder noites e noites de sono tentando achar respostas pra tão poucas perguntas.
Acho que quando se resolver dar um tempo, dar um pause nas perturbações, tudo começa a se ajeitar e ficar em seu devido lugar e confesso que queria pra sempre viver nessa calmaria interior, mas como eu sei também que nada é pra sempre.



Texto escrito Por : Lizandra Martins.

Fotografia de : Lizandra Martins

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Sufoco.


"Um sufoco, uma coisa enigmática, eu apenas precisava sair, ouvir o barulho dos carros, sentir o calor das pessoas ao passar... esta coisa corriqueira de uma cidade, dar uma volta no quarteirão, algo assim... precisava libertar a moça do 1º andar."


Por : Lizandra Martins.

Fotografia de : Lizandra Martins

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Deixa.



Acho tão bom quando consigo caminhar de manhãzinha pelos parques, ruas e avenidas a fora, sentindo um ar frio, observando o sol erguido logo adiante, vendo as águas azuis do rio central, presenciando a passagem do jovem menino ao trabalho, que por vez eu sei que não é nada fácil. Caminho e agradeço aos céus, olho o relógio, canto, silencio cabeça turbilhada de pensamentos, uns por cima dos outros sem pedir licença, sem dar uma pausa pro café... Tudo pra mim sempre foi de uma forma ou de outra motivo de inspiração, quantas coisas já fotografei, quantas coisas já senti e hoje vejo que tudo só me fez bem, me fez sentir mais jovem, mais madura.
Eu sei que ainda há tanto para se viver, tantos abraços guardados, tanto de tantas coisas, que é bem melhor deixá-las quietas, deixem-as despertar no momento certo.


Texto escrito por : Lizandra Martins
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Fotografia de : Lizandra Martins

Invento, arranjo ou compro (...)


Eu estava ali, sentada no chão do quarto com o ar do tipo como se estivesse fazendo companhia para mim mesma e na verdade eu estava mesmo, mas naquela manhã de segunda-feira, de um calor incompreensível, o sol quente e agressivo colado na minha janela eu me sentia bem, talvez por saber que eu estava viva, com saúde, em saber que eu ainda era jovem, que agora eu tinha amigos, lembrando de mim vezemquando, duas, uma vez na semana, que tinham boas recordações guardadas na memória sobre a minha pessoa e eu sorri.
Ao meu lado tinha uma caixa de fósforo e um incenso, não sei porque na realidade eu acordei com uma vontade de acender um incenso...De todas as formas eu queria atrair, chamar energias, boas, alegres e intensas.
- Ô Daniel a quanto tempo eu não vejo meu coração, assim, feliz, sem ser por presenciar uma chuva depois de dias calorosos, sem ser por ganhar qualquer reconhecimento, pois a quanto tempo eu não deparo com esta moça molecada assim otimista, eu mesma.
Eu dialogava assim com Daniel, meu amigo de infância, era tão bom nosso papo como sempre foi durantes estes 17 anos... Quando dei por mim eu estava era falando só, Daniel, não estava ali, estava presente apenas nos meus pensamentos, fazia tanto tempo que eu não o via que não o abraçava, mas amizade é isso, mesmo longe, quando a pessoa é especial para nós, lembramos dela todos os dias, isso faz com que ela esteja mais próxima, conseguimos até sentir o calor da sua presença, os sorrisos, o aconchego, aquele sabor que só uma amizade tem, um cuidado que dispensa descrições e clichês.
Eu tinha que ligar para Daniel e continuei por dias com estas energias, mas vou dar uma pausa e te interrogar caro leitor, eu vos pergunto:

- Num é sempre bom continuar?

Não precisa responder, eu já sei a resposta....È obrigatório continuar, se tem uma coisa que aprende nesses curtos e intensos anos de vida é que para se viver, tem que lavar o rosto com otimismo, vestir a roupa da determinação e pegar o trem da vitória.Me diga, do que adianta viver enfurnado num quarto lamentando perdas, amores inacabados e decepções constantes...Não resolve nada e encarar, se mecher, pintar, bordar, vale muito mais a pena, concluo.
Ai você deve pensar: - Ahh esta autora fala em otimismo de um jeito que parece até que nunca chora ou se sente fraca.
Eu vos digo que nem tudo é só rosas vermelhas, lindas, emocionantes... Eu já cai, levantei, cai de novo e já tive momentos que cirandas de emoções apresentaram suas coreografias exuberantes no salão do meu ser.
Apartir do momento que eu caio eu sempre invento, arranjo, compro ou até tomo emprestado formas de continuar a dirigir o carro alegórico entusiasmado, como em dias de pleno carnaval onde ele passa pelas ruas escuras e misteriosas da vida, é, vamos, deixara irreverência da continuidade nos invadirmos, todos os dias.


Texto escrito por : Lizandra Martins
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Fotografia de : Lizandra Martins