sábado, 28 de agosto de 2010

O embalo da vida.


Ao som envolvente de Chico Buarque, no rádio de pilha debruçado sobre a minha cama cor de marfim, eu ouço ele dizer : - Ninguém, ninguém vai me acorrentar enquanto eu puder cantar, enquanto eu puder sorrir ... Sentado sobre a minha velha cadeira, deixo a música fluir entre os meus ouvidos, com a mente congestionada de inúmeros pensamentos, dúvidas, aquela coisa de quem pensa demais sabe, pois é, fico assim todos os dias, até mesmo no trabalho, os pensamentos e imaginações dominam meu ser, mas eu não me afobo não, pra que, a vida de fato é curta e sempre que se encontrar brechas pra sorrir, se distrai ou até mesmo participar de uma boa conversa, mergulhe de cabeça.Com meu jeito orgulhoso de ser, por várias vezes não me permitir estas coisas, uma vez ou outra penso comigo mesmo, que por estas curvas da vida, talvez eu tenha deixado o vento levar um amigo, uma paixão ardente, um beijo quente ou até mesmo uma noite de loucuras, pelo fato de ter me curvado, por medo de sentir a intensidade de cada momento.
Talvez a vida ou as pessoas que me deparei no caminho me fizeram perceber tantas coisas e uma delas é saber se deliciar de cada momento vivido, até aqueles mais simples, mas que são cheios de detalhes e cores.Por isso que todo dia, eu digo e repito, vamos viver meu amigo, vamos permitir que a banda entusiasmada ao som da vida possa embalar nossos corações.


Texto por Lizandra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário